"(...) quando você encontra um corpo, quando você descobre um corpo, o corpo está ali, de uma só vez, descolado da pessoa, da fala, do contexto, do sentido, da história, da paisagem. Um corpo é sempre estranho e estrangeiro, em sua opacidade inapreensível, inesgotável, irredutível. O corpo pode significar algo, enquanto signos, gestos, mímica, com todas suas mobilidades, mas o real que aí se dá como corpo é aquele que rompe com a significação. O corpo é esta ruptura. O corpo é este estranho começo e recomeço que pode colocar tudo em questão."
Kuniichi Uno, "Corpo-gênese: em torno de Tanaka Min, de Hijikata e de Artaud", publicado nos "Cadernos de Subjetividade", 2010 - um dos textos que mais tenho lido e relido...)
Foto: Sankai Juku - Utsushi
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