sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Mais de Lisboa


O post anterior, assim como este, foi escrito bem depois do dia mesmo em que estive mesmo em Lisboa. Na verdade estou escrevendo já de Madri, a posteriori, mas enfim... Eu avisei que esse diário não ia ser muito diário, né?


Visitei o museu Calouste-Gulbenkian em Lisboa no primeiro dia (a foto em cima é de um quadro persa, da época do Rumi - eu trouxe um livro desse poeta comigo rs). Vale muito a pena, um museu belíssimo. Uma experiència à parte foi ouvir as guias explicando pras crianças e adolescentes de uma escola o que é arte contemporânea, os paradoxos...
E no segundo dia em Lisboa (6/02) fui ao bairro de Belém, onde chovia torrencialmente, como disse uma moça numa lanchonete.

O mosteiro dos Jerónimos é uma coisa de louco, lindo! E o pastel de Belém autêntico é imperdível (só ele já vale a visita, mesmo em baixo de chuva). De qualquer forma, o que fica pra mim é que viajar não é como assitir a um belo documentário no aconchego do lar: você está sujeito a ter de ver a torre de Belém debaixo de uma batia chuva e um vento frio terrível. A realidade bate à porta: no percurso de volta, um brasileiro com uma história triste... trabalhadores africanos numa obra...

"Você não está com frio?" pergunto a uma cabo-verdeana sem roupas de frio limpando um vidro (uma amor ela). Os tempos da escravidão já acabaram, mas persiste em certo grau uma divisão racial do trabalho...

Um comentário:

Meu Coração Desnudado disse...

Oi Pedro!

Meu primeiro comentário... Já vi os demais posts até hoje, mas resolvi comentar este. Que história triste foi essa do brasileiro? Fiquei curioso.

Belas fotos... Não nos deixe de apresentar a Europa do seu ponto de vista. :)

Beijo!